segunda-feira, 30 de agosto de 2010

1973 – O GRANDE ANO DA REGRA BRASILEIRA NO RIO GRANDE DO SUL.


Apesar de haver sido iniciada a pratica da Regra Brasileira, no Rio Grande do Sul, em 1967, o ano de 1973 foi quando a mesma tomou o impulso que a fez solidificar-se no território sulista.

Entre 1967 e 1973, a Liga Caxiense de Futebol de Mesa realizou diversas demonstrações de nossa maneira de jogar, em diversas cidades do estado. Ao mesmo tempo, recebíamos visitas de interessados em praticar e divulgar o esporte. J.A. Chiachio de Arroio Grande, R.Goulart, Breno Mussi e J. Nascimento de Canguçú, Carlos A. Domingues de Lagoa Vermelha, Valdir Szeckir de Porto Alegre, J.Pedro Cavalli de Veranópolis, Fausto Borges de São Leopoldo, Raul Machado Ferraz de Campos de Giruá, foram alguns que estiveram em terras caxienses jogando na Regra Brasileira. Nesse período, visitamos diversas cidades que desejavam conhecer o moderno futebol de mesa brasileiro: Canguçú (duas vezes), Cachoeira do Sul, Flores da Cunha, Porto Alegre e Pelotas foram algumas que receberam elementos da Liga Caxiense.

Há um fato curioso sobre a nossa segunda viagem a Canguçú. Estávamos jogando a nossa rodada no Recreio Guarany, num sábado, dia 14 de junho de 1969, quando tivemos a idéia de sugerir uma visita a nosso amigo e irmão Vicente Sacco Netto que havia sido transferido para aquela cidade. Terminamos os nossos jogos e reunimos o pessoal que estava disposto a enfrentar essa aventura. Já era noite. Com dois motoristas e seus fusquinhas (Sambaquy e Calegari), reunimos o Airton, o Paulo Valiatti, o Boby Ghizzoni, o Oswaldo e o José Machado que era então o presidente da Liga.Realmente foi uma aventura pois o Calegari nunca havia saído da cidade, não conhecendo estrada alguma. Viajamos a noite inteira e, exatamente às seis da manhã de domingo parávamos à frente da casa do Vicente. Tiramos o nosso amigo da cama, e ele teve de patrocinar o café da manhã para todos nós, que estávamos morrendo de fome. A seguir, ele reuniu os praticantes da cidade e fomos jogar o segundo torneio Canguçú x Caxias do Sul. O primeiro foi vencido por esse colunista e o segundo pelo Boby Ghizzoni, com seu Internacional, cujo goleador era o Bráulio. Era um espetáculo ver quando ele marcava gol, pois o Boby dava duas voltas ao redor da mesa soltando foguetes com a boca e gritando gol de Bráulio......Braulioooooooooo.

A tardinha, depois de havermos nos alimentado, iniciamos o retorno. Noite escura e eu vinha sempre à frente, pois o Calegari nada conhecia. Em determinado ponto falei ao Boby que vinha ao meu lado: -O Calegari não está mais nos seguindo.... O Boby disse: -Quem sabe ele já passou por nós? -Não pode. Ele não conhece a estrada. Voltei com o carro e nada de encontrar o pessoal. Andei alguns quilômetros e retornei rumo a Porto Alegre. E nada do Calegari. Chegamos em Caxias e eu entreguei cada um em sua casa, fui para casa descansar e no outro dia fui trabalhar. Mas o Calegari não apareceu. A mãe do Paulo Valiatti queria saber do filho, o Oswaldo deu uma desculpa na Exatoria sobre a ausência do Machado. E assim passamos o dia em aflição. À tarde, depois do expediente do Banco reuni o Boby, o Oswaldo e o Airton e fomos até Galópolis, na esperança de encontrar o pessoal. Estávamos com o coração nas mãos, quando, aparece o fusquinha azul do Calegari. Saimos para o meio da estrada e o Calegari quase nos atropela. Então veio a explicação. O carro quebrou e eles não quiseram ficar na estrada, empurrando o carro por uma estradinha que dava para um vilarejo. Dormiram no carro e no dia seguinte conseguiram um mecânico que consertou o carro e voltaram para casa. Felizmente o Machado conhecia bem a estrada e serviu de guia ao Calegari, pois, caso contrário, estaríamos procurando por eles até hoje. Naquela noite eu dormi tranqüilo, mas afastei de minha cabeça essas idéias malucas de viagens inesperadas.

Voltamos ao ano de 1973.

Nesse ano estávamos situados na Avenida Julio de Castilhos, número 1614 – conjunto 81/82 – oitavo andar, do Edifício Martinato. Lá recebíamos nossos visitantes e disputávamos o nosso campeonato mais aguerrido até então. Em maio desse ano recebemos um botonista cabeludo, conversador, boa praça, companheirão que jogava com o Vasco da Gama. Seu nome: Luiz Ernesto Pizzamiglio, que após alguns meses tornar-se-ia um famoso e imbatível adversário, conseguindo, por isso, o título de Deca-campeão caxiense. Dificilmente alguém conseguirá superar esse feito. Em agosto, fomos convidados para a inauguração do novo clube de futebol de mesa, presidido por Oldemar Seixas, em Salvador (Bahia). Seguiram, via Varig, Adaljano Tadeu Cruz Barreto, Airton Dalla Rosa, Sérgio Calegari, Mário de Sá Mourão e Adauto Celso Sambaquy. De 13 a 17 de agosto ficamos na Boa Terra mostrando nossa técnica e aprendendo com grandes mestres a arte de catimbar no futebol de mesa.

Nosso campeonato seguia a todo vapor e tínhamos diversos candidatos ao cetro máximo.

O ano estava findando e novembro nos trazia grandes novidades: A primeira foi a realização do primeiro Torneio Proclamação da República, patrocinado desde aquela época até os dias atuais pelo fundador: Marcos Antonio Zeni. Fui o feliz primeiro campeão desse ambicionado torneio, cujo troféu é guardado com imenso carinho em minha galeria. Mas, novembro era um mês que ficaria na história do futebol de mesa gaúcho. Em Canguçú, no Clube Harmonia, foi realizado o primeiro campeonato estadual de futebol de mesa na Regra Brasileira. E a Liga Caxiense esteve presente. Nessa ocasião foi, por sugestão nossa, criada a União das Ligas de Futebol de Mesa do Rio Grande do Sul, embrião da FGFM. Por indicação do botonista Talai Djalma Silister essa entidade teria sua sede em Caxias do Sul, para a glória de nossa Liga, sendo eleito seu presidente o nosso Marcos Antonio Zeni.

Em 30 de novembro de 1973, deixei a cidade de Caxias definitivamente, transferido que fora para Brusque (SC). Com isso a minha participação no campeonato ficou bastante prejudicada, pois realizava meus jogos de quinze em quinze dias, sendo que deveria efetuar diversas partidas atrasadas, tentando colocar em dia os meus compromissos. No final fiquei em terceiro lugar. Suado, mas valioso como todas as demais colocações que consegui em minha carreira.

Na semana que vem tem mais um pouco de história.

Até lá, e, paz profunda a todos vocês.

Sambaquy

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

REGRA GAÚCHA X REGRA BRASILEIRA.


Meus queridos amigos, hoje vou abordar um tema delicado, e controvertido por muitas pessoas.

Para inicio de conversa, a Liga Caxiense foi fundada dentro da Regra Gaúcha, pois o presidente da Federação Riograndense de Futebol de Mesa, Lenine Macedo de Souza, num gesto pioneiro, foi a Caxias e fez uma demonstração da regra gaúcha, com a apresentação da mesa oficial, dos times fabricados por sua empresa, das bolinhas, etc. Essa demonstração foi realizada no Recreio Guarany e várias agremiações se fizeram presentes. Lenine colocou diversas mesas, vendeu inúmeros times e bolinhas.

Nessa ocasião apenas o Recreio Guarany jogava campeonatos, pois tinha em seu meio uma garotada maravilhosa, que adorava jogar botão. As demais agremiações e entidades apenas guardaram as mesas e os times, esperando a oportunidade de colocar tudo em ação. O primeiro campeonato organizado, em que participavam adultos, teve a primazia de ser realizado pelo Sindicato dos Bancários de Caxias, cujo presidente, o gremista Dauro Brandão de Mello, aficcionado pelo esporte, em maio de 1963, organizou e promoveu. Participavam bancários do Banco da Província, Banrisul, Sulbrasileiro, Nacional do Comércio e Banco do Brasil. Em abril de 1963 eu havia iniciado a minha carreira de bancário no Banco do Brasil.

Em junho de 1963, foi realizado o primeiro campeonato interno da AABB, com a participação de onze funcionários. E, em agosto do mesmo ano, realizamos o primeiro campeonato caxiense de futebol de mesa, reunindo os bancários, no salão do Sindicato. Por essa razão, no quadro de campeões caxienses, figura Marcos Lisboa como campeão de 1963, apesar da Liga ter sido fundada dois anos depois.

No ano de 1964 novamente os campeonatos foram realizados, na mesma sequência.

Porém, ao final de cada ano tomávamos conhecimento do campeonato estadual, e, não éramos convidados. Escrevi à Federação e fui informado que para disputar o campeonato estadual deveria haver na cidade uma entidade filiada a Federação que realizasse o campeonato oficial. Foi então que resolvemos fundar a Liga Caxiense de Futebol de Mesa , em julho de 1965. Em 13 de junho de 1965, recebemos as visitas do presidente da FRFM, Lenine Macedo de Souza, e dos botonistas Cláudio Saraiva e Renato Ramos, que nos orientaram sobre as providências necessárias. Ao final do ano, participávamos pela primeira vez de um estadual e Deodato Maggi trouxe o vice-campeonato, ficando o título com o botonista Paulo Borges.

A Federação Riograndense elegeu Gilberto Ghizi como presidente. O Ghizi aproximou-se da Liga Caxiense, notando desde cedo o nosso valor. Nesse ano promovemos o Torneio de 1º aniversário da Liga, e convidamos os botonistas de diversas cidades gaúchas. Convidamos também ao baiano Oldemar Seixas, com o qual mantínhamos correspondência. Para nossa surpresa Oldemar aceitou o convite e trouxe consigo Ademar Dias de Carvalho. Pediram os baianos que conseguíssemos para eles uma tábua de 2,20 x 1,60, lixas e sarrafos para as laterais. Queriam demonstrar o futebol de mesa que eles praticavam. O torneio de aniversário foi realizado na regra Gaúcha e foi emocionante até o final, pois Ademar Carvalho, com seus botões padronizados e bem maiores dos que os nossos chegou à final, perdendo por um lance infeliz, quando ao atrasar a bola ao goleiro, com o peso do botão, jogou goleiro e bolinha para dentro do gol. Ficou com o vice campeonato, sobrepujando ícones da regra gaúcha.

Após o encerramento e entrega dos troféus, os dois baianos fizeram uma demonstração do futebol praticado na boa terra. Não dá para descrever a admiração de que todos foram tomados. Ao ver dois times padronizados em campo (nós jogávamos com botões de diversas cores, bastava nos adaptarmos a eles, formando um time sem ter um padrão definido), com jogadas executadas com precisão, todos manifestaram-se admirados. Isso chamou a atenção do Ghizi, e, em conversas trocávamos idéias sobre uma regra que unisse a nossa com a deles. Com a grande vantagem de todo nordeste do país estar jogando a regra baiana. Quem sabe, assim, poderíamos ter um campeonato brasileiro da modalidade. No restante do ano fomos alimentando a idéia e juntando partes, até que o Ghizi conseguiu um ante projeto de uma regra que trazia muito da gaúcha e muito da baiana.

Ghizi solicitou que organizássemos o Campeonato Estadual de 1966 em Caxias do Sul. Aceitamos a incumbência e nos colocamos em campo no sentido de realizarmos um grande campeonato. Combinei com o Ghizi que seriam disputadas três categorias: adulto, juvenil e infantil. E assim foi feito. Conseguimos o alojamento no Seminário Diocesano (cujos seminaristas estavam em férias e sobraram camas para todos os disputantes do campeonato). Um restaurante em frente ao Colégio do Carmo fornecia a comida. Tudo pronto e o pessoal começa a chegar. Levamos todos ao Seminário e lá, com todos reunidos, Ghizi explanou a idéia da Regra Unida, que estávamos levando para a Bahia. Foi aprovada por unanimidade, pois era vontade de todos a realização de campeonatos nacionais.

Em janeiro, Ghizi sai de Porto Alegre e eu de Caxias do Sul e, de ônibus, vamos a Salvador. De 8 de janeiro até o dia 22, a maratona foi enorme. Várias noites, ficavamos discutindo as possibilidades de unificação, com vistas a criação da regra e realização de Campeonatos Brasileiros. Até que chegamos a um consenso e a Regra foi criada, com o nome de Brasileira. Dois dias depois estava impressa e pudemos trazer para o Rio Grande do Sul cadernos da mesma para que cada botonista a estudasse.

Caxias do Sul aderiu imediatamente à Regra, passando a modificar mesas e botões. Porto Alegre, entretanto, mostrou resistência. Havia o interesse comercial do Lenine, que ao saber que suas mesas não teriam mais saída, seus botões não seriam utilizados e a bolinha seria diferente, revoltou-se e destituiu o Ghizi da presidência da Federação. A seu favor estavam os grandes botonistas da época, os quais eram os papões de todos os títulos maiores.

Houve o rompimento de relações da Federação com a Liga Caxiense. Eramos personas não gratas. Ficamos alijados de suas disputas, mas seguimos a nossa ideologia e implantamos o futebol de mesa brasileiro em diversas cidades. Rio Grande, na pessoa de Clair Marques já estava unido conosco e surgia outro nome fabuloso que, transferido para Canguçú, levou o futebol de mesa para a região: Vicente Sacco Netto.

A intenção da criação dessa regra jamais foi de destruir a Regra Gaúcha (nossa regra mãe), mas propiciar a possibilidade de novos horizontes, coisa que realmente aconteceu a partir dos anos setenta, quando começaram a ser realizados os campeonatos brasileiros da modalidade.

Muita coisa foi dita contra tudo isso, mas, partimos daqui para a concretização desse sonho, com pessoa que detinha o mais alto posto da Federação Riograndense de Futebol de Mesa (que é a pioneira no Brasil e hoje, infelizmente, encontra-se adormecida). Não foi atitude de rebeldia, nem menosprezo. Muito pelo contrário, imaginávamos que traríamos alguma coisa nova que todos poderiam usufruir e, em visita a outros estados poder encontrar amigos botonistas e praticar a mesma modalidade. Infelizmente isso não aconteceu como desejávamos e muita mágoa foi fomentada durante anos. Eu acredito que hoje, pela amizade que existe entre os praticantes das duas regras, podemos encetar um movimento no sentido de regulamentar a regra gaúcha no CND e fazer com que, ao invés de três regras, tenhamos quatro reconhecidas. Mas, para isso, temos de nos dar as mãos e seguir em paz e harmonia, como verdadeiros praticantes do futebol de mesa que tanto amamos.

Por hoje é só, mas na semana que vem tem mais.

Sambaquy

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Caxias do Sul sediou o terceiro brasileiro de futebol de mesa. 1972.


Já haviam sido jogados dois campeonatos brasileiros, um em Salvador e outro em Recife. Eram campeonatos em que as disputas eram por equipes e individual. O campeonato por equipes não atraia tanto quanto o individual, pois, hoje em dia não se fala que a equipe da Bahia foi a primeira campeã em 1970 e a equipe Pernambucana, em 1971. Fala-se sim que Atila Lisa, de Sergipe e Roberto Dartanhã da Bahia foram os campeões brasileiros desses anos.

Havia também a dificuldade financeira, coisa muito comum entre os praticantes da modalidade, pois sem patrocínio algum, tinham de bancar suas viagens e estadias. Isso estava esvaziando o terceiro brasileiro, pois muita gente não suportaria uma viagem longa até o Rio Grande do Sul, em pleno inverno, para jogar botão.

Foi então que resolvemos mudar o sistema. De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Desportos de Caxias, Mário de Sá Mourão, decidimos que as vagas seriam apenas duas para as grandes agremiações. Duas para a Bahia, duas para Pernambuco, duas para Sergipe, duas para Paraíba, duas para Alagoas , duas para o Rio de Janeiro e duas para Santa Catarina. Mas, como a Regra Brasileira estava começando a ganhar espaço no Rio Grande do Sul, abrimos vagas para as cidades que a praticavam. Seriam também duas vagas para cada cidade. Todas as cidades que adotaram a regra brasileira estiveram presentes no Ginásio de Esportes da AABB, gentilmente cedido pela sua diretoria.

Foram dois dias de disputas acirradas, com os caxienses Vanderlei Duarte e Marcos Fúlvio de Lucena Barbosa representando a Liga Caxiense de Futebol de Mesa.

A partida final do certame reuniu Antonio Carlos Martins, do Rio de Janeiro e Orlando Nunes, da Bahia. A vitória foi do representante carioca, que jogou muito bem e conseguiu minar a paciência e a calma do representante baiano.

A partir desse campeonato só foram realizados campeonatos individuais. Isso fazia com que as delegações fossem menores e ficassem com mais facilidade de locomoção. Mesmo assim, foram necessários quatro anos para a volta dos campeonatos brasileiros. Este quarto campeonato aconteceu em Jaguarão, aqui no Rio Grande do Sul. Novamente a Bahia estava no topo, com Giovani Pereira Moscovits em primeiro e Hozaná Sanches em segundo. Nesse evento foi fundada a Associação Brasileira de Futebol de Mesa, presidida por Jomar Antonio de Jesus Moura e tendo como conselheiros Marcos Antonio Zeni e Adauto Celso Sambaquy.

Em 1978, o Rio de Janeiro promoveu o quinto campeonato brasileiro, tendo na final o baiano Jomar Antonio de Jesus Moura logrado o título maior, ficando o caxiense Marcos Fúlvio de Lucena Barbosa com o vice campeonato. Caxias do Sul, que já havia colocado Jorge Alberto Compagnoni e Airton Dalla Rosa como terceiro e quarto lugares no primeiro campeonato, voltava a escrever seu nome na galeria dos melhores botonistas brasileiros.

No ano de 1979, Vitória, no Espírito Santo, debutante do futebol de mesa na Regra Brasileira, realizava o sexto campeonato brasileiro. José Inácio dos Santos, de Sergipe e Átila de Menezes Lisa, também de Sergipe conseguiram serem campeão e vice. Nesse campeonato, esse colunista chegou em sétimo, tendo sido eliminado nas semi finais pelo Átila, que marcou o gol com um zagueiro que jogou goleiro, bolinha para dentro do gol. Foi um jogo parelho, tendo chutado uma bola na trave e uma na quina do goleiro do Átila. Na única bola que ele teve chance, fez o gol que lhe concedeu o a oportunidade de ser finalista. Por pouco eu não cheguei lá.

Em 1980, Pelotas sediou pela primeira vez a competição. Julio Cesar Albuquerque Nogueira, do Rio de Janeiro, foi o campeão brilhante, tendo Jomar Antonio de Jesus Moura ficado com o vice-campeonato. Neste ano eu fui eleito o presidente da Associação Brasileira de Futebol de Mesa, a qual em poucos anos daria lugar à Confederação Brasileira de Futebol de Mesa.

Para que a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa pudesse ser criada teve de haver a aproximação com as entidades de regras diferenciadas da Regra Brasileira. Estive diversas vezes em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Curitiba e em Brasília, fazendo uma campanha de aproximação e conseguindo amigos maravilhosos que perduram até os dias atuais. Desse esforço preliminar houve um esforço conjunto que propiciou ao CND o reconhecimento do futebol de mesa como esporte e aceitação de três regras como válidas.

Semana que vem voltarei a conversar com vocês. Garanto que ainda há muita história a ser contada. Um abraço.

Sambaquy

Quando o Futmesa saiu das Cidades e Invadiu o Brasil


Em todos os lugares do Brasil joga-se o futebol de mesa (botão,celotex, ou o nome que quiserem dar a esse esporte). Cada cidade tinha os seus praticantes, os quais estavam sempre jogando entre si. Quando muito, botonistas de um bairro visitavam outras sedes, mas sempre esporadicamente. Conheci o futebol de mesa em 1947, na casa de meu colega Marco Antonio Barão Vianna. Lá estavam diversos colegas e disputavam um torneio. Me apaixonei imediatamente pelo esporte e, daquele dia em diante, os paletós de meu avô acabavam perdendo os botões de forma misteriosa....

Na minha rua, vários eram os praticantes, e, com muita saudade recordo daquele que comigo visitava, nos domingos pela manhã, os bairros de Caxias, jogando sempre contra outros amigos e colegas. Renato Toni, que hoje joga com Decourt, Della Torre, Morgado e tantos outros, no Plano Superior.Para nós o futebol de mesa ou de botões, resumia-se àquele pequeno universo.

Mas, um dia, o milagre aconteceu. Estava passeando com as minhas filhas, e parando em uma banca de revistas, comprei o exemplar da REVISTA DO ESPORTE, cuja capa ostentava o Gerson (Canhotinha de Ouro) e o Elton (que fora jogador do Grêmio e posteriormente jogaria no Inter). Ao regressar ao lar, lendo a revista, deparei-me com uma reportagem simplesmente estranha: BAHIA DÁ LIÇÕES DE FUTEBOL DE BOTÃO. A matéria fora escrita pelo radialista OLDEMAR DÓRIA SEIXAS, e descrevia a enorme quantidade de praticantes baianos, com fotografias e citações diversas. Isso aconteceu no ano de 1965.

Como não acreditei naquilo que lia, escrevi ao Oldemar, pois o seu endereço constava no rodapé da reportagem. Com o passar dos dias, acabei esquecendo o assunto, até que em determinada manhã, pelo correio recebo um envelope enorme, com uma carta de nove laudas, explicando o futebol de mesa baiano. Junto vieram três botões: um do Grêmio, um do Vasco da Gama e o último do Ypiranga da Bahia. Um goleiro feito de madeira e diversas bolinhas, que eram botões “olho de peixe”. Anexou também, o Oldemar, algumas fotografias , nas quais viam-se pessoas de cabelos brancos praticando o esporte.

Continuamos a nos corresponder. Nós, jogando na regra gaúcha, e, eles na baiana. Em 1965, fundamos a Liga Caxiense de Futebol de Mesa. No ano seguinte, ao comemorarmos o nosso aniversário, organizamos um torneio e convidamos os botonistas de Porto Alegre, e de outras cidades praticantes, que na época eram raras ao nosso conhecimento. Resolvi então convidar o Oldemar para participar e conhecer o nosso movimento.

Para minha surpresa, o convite foi aceito e Oldemar avisava que chegaria ao Rio Grande do Sul, na companhia de Ademar Dias de Carvalho. Solicitou, como uma deferência especial ,que conseguíssemos uma tábua de 2,20 x 1,60, e eles preparariam o campo. Deveríamos providenciar as traves, no tamanho exigido. Tudo foi feito.

No torneio de aniversário da Liga, o Ademar, jogando com os seus botões muito diferentes dos nossos, acabou ficando com o vice-campeonato, perdendo porque acabou fazendo um gol contra no último instante. Isso serviu para ver a qualidade do botonismo praticado na Bahia. Quando todos estavam reunidos, depois da premiação, os dois demonstraram a beleza do futebol de mesa, com times padronizados, numa mesa que foi chamada de Maracanã, pelo seu tamanho gigantesco, perto dos nossos campinhos.

Outra curiosidade fantástica para nós, sulistas, foi a maneira deles impulsionarem os botões. Todos nós usávamos a palheta (ficha, batedeira) e eles simplesmente os impulsionavam com a unha. E a precisão espantosa em cada chute ao gol, em cada cavada, em lançamentos à longa distância. Ficamos maravilhados mesmo.

Depois disso, nunca mais parou o movimento e três anos depois, em Salvador (BA), quatro baianos e dois gaúchos criaram a Regra Brasileira de Futebol de Mesa. Pela Bahia, participaram ADEMAR DIAS DE CARVALHO, OLDEMAR DÓRIA SEIXAS, ROBERTO DARTANHÃ COSTA MELLO e NELSON CARVALHO, e pelo Rio Grande do Sul GILBERTO GHISI (que na ocasião era o presidente da FEDERAÇÃO RIOGRANDENSE DE FUTEBOL DE MESA) e ADAUTO CELSO SAMBAQUY, então presidente da LIGA CAXIENSE DE FUTEBOL DE MESA, a mais forte organização do estado do Rio Grande do Sul.

Depois da criação da regra brasileira e a adesão de vários estados, todos jogando da mesma forma, começaram os entendimentos para a realização do primeiro campeonato brasileiro da modalidade, que seria realizado em Salvador em janeiro de 1970.
Mas, isso é matéria para uma nova reportagem....me aguardem.....

Adauto Celso Sambaquy

domingo, 15 de agosto de 2010

A Primeira Viagem à Bahia.


Na minha primeira viagem à Bahia, contei com a companhia de Gilberto Ghisi, então presidente da federação Riograndense de Futebol de Mesa, no período de 08 a 22 de janeiro de 1967.

Nesta oportunidade conheci uma gama de grandes botonistas. Joguei e aprendi a regra de um toque contra Oldemar Seixas, Ademar Carvalho, Jomar Maia, Roberto Dartanhã, Geraldo Lemus, Norival Factum, Fernando Contreiras, Armando Passos, Mariano Salmeron, Amauri Alves, Álvaro César, Cesar Costa, Dr. Elias Morgado, Luiz Raimundo, Marcio Gomes, Geraldo Holtz, Carlos Alberto Magalhães, José Mascarenhas, Milton Silva, Webber Seixas e Nelson Carvalho.

Foi uma verdadeira maratona pelas diversas sedes botonistas da Bahia, Mataripe, S.Amaro da Purificação. Havia grupos que queriam pagar pela nossa apresentação, coisa que foi descartada imediatamente. Mas, em todos os lugares aproveitamos muito.

Eram jantares suculentos, com comida baiana, elaborada por pessoas que cozinhavam há muito tempo. Aprendi a gostar de tudo o que encontrei por lá. A pessoa que mais me impressionava era o presidente da Liga Baiana de Futebol de Mesa, um baianinho pequeno, magrinho, chamado José de Souza Pinto. Uma pessoa que, apesar de não jogar botão, era o maior entusiasta de todos. Era sogro do Nelson Carvalho.

Depois dessa passagem, o primeiro brasileiro foi sendo construído aos poucos e, em janeiro de 1970, gaúchos, cariocas, sergipanos, pernambucanos e paraibanos, misturados aos baianos, realizaram o primeiro campeonato brasileiro de futebol de mesa. Foi realizado no dia 10 e 11 de janeiro de 1970, na Sociedade Espanhola, em Salvador. O campeão foi Átila Lisa, um baiano que residia em Aracajú e que defendia a bandeira sergipana. Seu vice, também baiano e também representando Sergipe, foi José Marcelo. Na terceira colocação estiveram dois gaúchos: Jorge Compagnoni e Airton Dalla Rosa.

Nesse campeonato conheci o grande radialista de Pernambuco, Ivan Lima, que pouco depois faria a cobertura do Tri Brasileiro no México, pela TV Rádio Clube de Recife.

A minha campanha foi razoável, pois empatei meu primeiro jogo, com José Inácio dos Santos de Sergipe, ganhei de Marcelo Tavares , de Pernambuco, perdi em seguida, para Milton Silva, da Bahia, voltei a ganhar, dessa vez de Adelcio Albuquerque, do Rio de Janeiro. Eu estava disputando o campeonato por equipes, com a companhia de Angelo Slomp e Walmor da Silva Medeiros, representando o Rio Grande do Sul. Por equipes a Bahia ficou com o título, Pernambuco em segundo e nós com o terceiro lugar.

Na ida para Salvador, paramos no Rio de Janeiro e em Vila Isabel. Jogamos com a turma da Liga Carioca de Futebol de Botão, cujo presidente era Getúlio Reis de Faria, um antigo botonista que jogava na regra feita pelo Decourt em 1930. No Rio de Janeiro, joguei contra o Getúlio e contra o Antonio Carlos Martins, ganhando dos dois.

Com isso tudo, ficou comprovado que ninguém mais seguraria o futebol de mesa. Era só questão de tempo para se consolidar definitivamente como o esporte mais praticado no país.

O segundo brasileiro, realizado em 13 e 14 de agosto de 1971, em Recife, Pernambuco. Desta vez o palco foi o monumental ginásio Geraldo Magalhães, o Geraldão, na Avenida Imbiribeira. Nesse ano, aumentou o número de participantes. Estavam representados os estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Alagoas, Sergipe, Bahia, Paraiba e Pernambuco.

No individual, dois baianos ficaram para a final que foi apitada por mim. Roberto Dartanhã foi o campeão ao derrotar Cesar Zama, na única falha desse, quando seu botão travou e não cobriu o lançamento , sofrendo o gol único que deu a vitória a Roberto Dartanhã Costa Mello. Em equipes, depois de acirrada disputa, a equipe de Pernambuco, liderada por Ivan Lima, derrotou os baianos, levando o caneco para sua sede. Nesse campeonato conheci Nerivaldo Lopes, o maior produtor de PPS religiosos do país. Na época, ambos éramos colegas de Banco do Brasil.

No final do evento a Prefeitura de Recife ofereceu um almoço à delegação gaúcha, com direito a variada cozinha pernambucana. Foi realmente um evento a guardar para sempre na memória.

O resto fica para mais adiante. Hoje já falei demais.
Sambaquy

sábado, 14 de agosto de 2010

Apresentando o Grande Mestre.




Comecei a tomar conhecimento do futebol de botões em 1947, em minha cidade natal. Fui convidado por um colega de escola para um torneio de futebol de botões em sua casa. Fiquei maravilhado com o que me foi apresentado. A partir desse dia, os paletós de meu avô, sempre com lindos botões, começaram a ficar sem seus botões.

Encontrei diversos colegas que jogavam. Com meu amigo Renato Toni, percorremos os diversos bairros de Caxias, jogando com outros botonistas. Foi o início de muitas amizades que perduram até essa data.Com o tempo, passei a jogar futebol de campo e, antes de uma partida, reunidos na casa de outro craque, jogávamos botão.

Para não carregar meus craques para o campo de futebol, os deixei na casa de meu amigo. Para a minha infelicidade, naquela noite, um incêndio consumiu a casa deste amigo e os meus dois times (Vasco e Corinthians), foram perdidos. Com isto, parei de jogar por um tempo.No inicio dos anos sessenta, fui aprovado no concurso do Banco do Brasil, já jogava com um time de botões “chamados puxadores”, fabricados em Porto Alegre.

Nesta época, começamos a disputar campeonatos em diversas frentes: AABB, Bancários e Caxiense. Em pouco tempo iniciamos a Liga Caxiense de Futebol de Mesa, fundada em 1965. Desde então só cresceu o futebol de mesa em Caxias.

Em 1966, depois de uma reportagem na antiga Revista do Esporte, editada no Rio de Janeiro, encontrei uma reportagem com o título: “BAHIA DÁ LIÇÕES DE FUTEBOL DE BOTÕES”. Fora escrita por Oldemar Dórea Seixas. Escrevi-lhe e ele me respondeu.

Em 1967, junto com o presidente da Federação Riograndense de Futebol de Mesa, sr. Gilberto Ghisi, nos dirigimos à Salvador e com a participação de Adhemar Dias de Carvalho, Oldemar Seixas, Nelson Carvalho e Dartanhã da Costa Mello, juntamos as regras gaúcha e baiana, criando assim a Regra Brasileira de Futebol de Mesa.

Em janeiro de 1970, em Salvador/Bahia, o primeiro campeonato brasileiro foi realizado.

No ano seguinte, Recife sediou o segundo, e, em 1972 foi a vez de Caxias do Sul, sediar o campeonato. Já estávamos no terceiro campeonato. Daí por diante, as disputas tem sido constantes.

Em 1973, transferido para Brusque, criamos a Associação Brusquense de Futebol de Mesa, começando seus campeonatos em 1974. Em 1981 inauguramos a nossa sede social própria, no bairro Guarany.

Em 1980 realizamos o primeiro campeonato Sul-Brasileiro, e no ano seguinte, realizamos o 7° Campeonato brasileiro de futebol de mesa, nas dependências da S.E.Bandeirante.

Atuei como presidente da Associação Brasileira de Futebol de Mesa, a qual dirigia os técnicos que jogavam na Regra Brasileira (muitos ainda ah chamam de regra baiana), durante os anos de 1980/1981.Durante esse período fiz aproximação com a Federação Paulista de Futebol de Mesa, com a Federação Paranaense de Futebol de Mesa, com a Confederação Brasileira (não oficial) de Futebol de Mesa, cujo presidente João Paulo Mury, residia no Rio de Janeiro e vice presidente, José Ricardo Caldas e Almeida, residia em Brasília.

Tive o prazer de conhecer pessoalmente os grandes nomes: GERALDO CARDOSO DECOURT, ANTONIO MARIA DELLA TORRE, GETULIO REIS DE FARIA, AGACYR JOSÉ EGGERS, e tantos outros fabulosos praticantes.Uma definição para o futebol de mesa em poucas palavras: impossível. Futebol de mesa é algo muito grande para ser definido em poucas palavras. É algo que envolve as pessoas de tal maneira que acaba se tornando um vício, uma coisa necessária na vida da gente. Que faz com que, por ela, muitas outras coisas sejam relegadas ao segundo plano. Hoje eu tenho medo se ser novamente atacado por essa febre, por esse vírus gracioso, ao qual tenho de agradecer por momentos inesquecíveis de minha vida.Meu time de coração é o Grêmio Esportivo Flamengo (atual SER Caxias do Sul).Foi com ele que consegui minhas primeiras vitórias. Meu time atual é o S.C.INTERNACIONAL, atual campeão do mundo.

Em 1973, antes de ser transferido para Brusque, trabalhava comigo o Celso Tadeu Carpeggiani (Borjão), irmão do Paulo César Carpeggiani, jogador do Internacional. Eu era caixa-executivo no Banco do Brasil e atendi o Paulo César, que estava querendo falar com o Borjão. Chamei-o e fomos apresentados. Então solicitei ao Paulo César a sua camisa.

No primeiro jogo em que Caxias e Internacional efetuaram, o Borjão jogava no Caxias, o Paulo César deu-me a sua camisa. Esse é um troféu que guardo com muito carinho. Desde então, em todos os meus times do Internacional, o número 10 é, e será sempre, o Carpeggiani.

A maior alegria que tive e tenho até hoje no futebol de mesa foram às amizades que consegui. É lógico que entre o trigo existem algumas plantas ruins, mas essas nós descartamos e deixamos no esquecimento.Eu jogo na Regra Brasileira, que é uma mistura das antigas regras gaúcha e baiana. Mas já joguei na regra de 12 toques, na regra usada no Paraná, na regra usada no Rio de Janeiro.

Com muita honra, gostaria de citar alguns nomes de jogadores, que para mim, são ícones deste nosso esporte:RIO GRANDE DO SUL: Airton Dalla Rosa, Vicente Sacco Netto, Silvio Puccinelli, Marcos Barbosa, Luiz Ernesto Pizzamiglio, Sergio Duro, Delesson Orengo, Rubem Bergmann, Raymundo Vasques, Vanderlei Duarte, Marcos Lisboa, Cláudio Saraiva,Gilberto Ghizi, Lenine Macedo de Souza e Marcos Zeni.SANTA CATARINA: Valmir Merisio, Marcio José Jorge, Edson Appel, Roberto Zen, Edson Cavalca, Marinho Vieira, Décio Belli, SergioMoresco, Sergio Walendowsky.PARANÁ: Agacyr José Eggers, Edmundo Barbosa, Ernesto Santos Junior, Newton Santos, Roberto Beltrami, Germano Galdindo.SÃO PAULO: Geraldo Cardoso Decourt, Antonio Maria DellaTorre, Sergio Soto, Carlos Dellatorre, Antonio Bernardo, Ricardo A.Rosa.RIO DE JANEIRO: Helio Nogueira, João Paulo Mury, Antonio Carlos Martins, Getúlio Reis de Faria, Luiz Antonio, Adelcio Albuquerque.SERGIPE: José Ignácio Santos, Reginaldo, Atila Lisa.BAHIA: Oldemar Seixas, Adhemar Dias de Carvalho, Proculo Azevedo, Cezar Zama, Webber Seixas, Milton Silva, Jomar Moura, Jomar Maia, Roberto Dartanhã Costa Mello, Fernando Contreiras,Mariano Salmeron, Amauri Alves, Álvaro César,Dr. Elias Morgado, Geraldo Holtz, Nelson Carvalho, José Ataíde, Dr. Valter Motta, Luiz Alberto Magalhães,Vital Albuquerque, Orlando Nunes, Kleber Cabral.PERNAMBUCO: Ivan Lima, Marcelo Tavares, Antonio Pinto.ESPIRITO SANTO: Manoel Gomes.ALAGOAS: Uacy F.N.Costa., Washington.PARAIBA: Manoel Nerivaldo Lopes.RIO GRANDE DO NORTE : Wilson Marques.MINAS GERAIS: André Carvalho Tartaglia.BRASILIA: José Ricardo Caldas de Almeida, Sergio Netto, Antonio Carlos Caldas de Almeida.Acredito que já dá para ter uma noção da quantidade de ícones com quem joguei.

Quem é Adauto Celso Sambaquy? Um cara comum, um cara que gosta de ajudar, um idealista, um esforçado, um batalhador. Enfim, um cara como tantos que existem por ai. Um amigo para os amigos.
Sambaquy


Esse é para nós da AFM/Caxias o nosso maior incentivador do esporte a nível nacional. Adauto Celso Sambaquy chegou a presidir a Associação Brasileira de Futebol de Mesa, a atual CBFM, 71 anos, bancário aposentado, economista, botonista, nascido em Caxias do Sul (RS), residente hoje em Balneário Camboriú (SC), casado, pai de cinco filhos.